23.7.06
Sódio nos alimentos
O cloreto de sódio (sal) em excesso é, provavelmente, um dos principais inimigos da saúde dos Portugueses, contribuindo para o aparecimento de duas doenças devastadoras entre nós, o acidente vascular cerebral e o cancro do estômago. Conhecer os alimentos ricos em sódio e reduzir o seu consumo deve ser uma opção a considerar no combate ao excesso de sal na nossa alimentação. As batatas fritas têm sido e continuarão a ser as más da fita. Mas o que dizer, por exemplo, dos cereais de pequeno-almoço? Nada de alarmes. Lendo os rótulos encontramos alguns com menores teores de sódio. E os tradicionais flocos de aveia com leite têm teores muito baixos de sódio a menos de metade do preço.
Porção pequena de batatas fritas McDonalds
Serving Size: 1 small order / 2.4 oz / 68g
Sodium 135mg
Taça de cereais de pequeno almoço Golden Grahams
Serving Size: 1 cup
Sodium 330mg
21.7.06
Televisão sem publicidade a fast-food
Fernando Botero
O grupo parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) apresentou à Assembleia da República um projecto de lei que visa a regulação da publicidade a produtos alimentares dirigida a crianças e jovens.
O projecto de lei do PEV «visa alertar para o forte impacto da publicidade dirigida a crianças e jovens, que estimula práticas alimentares erradas».
Estou à espera para ver como se comportam os principais partidos face a este provocante projecto de lei,em parte semelhante à proposta legislativa sueca em vigor e em especial quando somos um dos países europeus com maior prevalência de obesidade infantil e quando uma das principais propostas do Plano Nacional de Combate à Obesidade passa pela cirurgia dos grandes obesos... ´
Será esta a solução...? Que o debate comece.
Leituras de Verão à mesa II
Familiar
A ciência não caminha em direcção ao Mistério.
Nem em direcção ao Estranho.
A ciência caminha em direcção ao Familiar.
in Breves notas sobre ciência.
Gonçalo M.Tavares.
A ciência não caminha em direcção ao Mistério.
Nem em direcção ao Estranho.
A ciência caminha em direcção ao Familiar.
in Breves notas sobre ciência.
Gonçalo M.Tavares.
18.7.06
Leituras de Verão à mesa I
Penso que Deus deve ter sido um artista brincalhão para inventar coisas tão incríveis para se comer. Penso mais: que ele foi gracioso. Deu-nos as coisas incompletas, cruas. Deixou-nos o prazer de inventar a culinária.
Rubem Alves
Rubem Alves
Casamento em quintas
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) encerrou no passado dia 30 de Junho, 10 quintas que prestam serviços de banquetes e fornecimento de refeições, em especial para casamentos. Continua assim a azáfama da ASAE.
Nesta operação “Casamentos em Quintas”, 30 brigadas da ASAE inspeccionaram 35 operadores em todo o país tendo, para além dos 10 encerramentos (2 na região Centro e 8 na região de Lisboa e Vale do Tejo), instaurado 27 processos de contra ordenação (70 autos). A taxa de incumprimento foi de 77 %.
Na minha cabeça continuam as palavras de um amigo que trabalha na fiscalização alimentar: "Espero que as inspecções sejam feitas a um determinado ritmo,pois não podemos fechar metades dos restaurantes do país de uma só vez."
25.6.06
A mesa
Bettmann-Corbis
Luís Fernando Veríssimo, um dos mais notáveis contadores de estórias da língua portuguesa apresenta este magnífico conto no seu "A Mesa Voadora" editado pela Dom Quixote e que o escritanamesa recomenda vivamente para ler em férias:
A mesa
Eram cinco. Reuniam-se todos os dias depois do trabalho para o chope. Há anos faziam a mesma coisa. E cada vez ficavam mais tempo na mesa do bar. Sempre o mesmo bar e sempre a mesma mesa. No começo eram dois, tres chopes cada um, no máximo um tira-gosto, depois pra casa, jantar. Todos tinham mulher, família, essas coisas. Mas um dia o Gordo anunciou: " Vou jantar aqui mesmo". E pediu filé.
Os outros aos poucos, foram aderindo. Era um sacrifício deixar a roda logo quando o papo estava ficando bom. Passaram a jantar no bar também. Depois mais dois, três chopes cada um e pra casa, dormir. Até que um dia o Gordo - de novo o pioneiro - bateu na mesa e declarou:
- Pois não vou pra casa.
- Como, não vai pra casa ?
- Não vou. Vou passar a noite aqui.
- Mas na hora de fecharem o bar, te botam na rua.
- Quero ver fecharem o bar comigo aqui dentro.
Na verdade, o dono não se animou a botar o Gorda para fora. A turma era antiga. Bons freguese. Fechou o bar, mas deixou o Gordo na mesa. No dia seguinte, quando os outros quatro chegaram, encontraram o Gordo no mesmo lugar. Com uma pilha de bolachas de chope na sua frente.
- Você não saiu daí ?
- Só para ir no banheiro.
Em seguida, o Gordo participou, com alguma solenidade, que não sairia mais do bar.
- Nunca mais ?
- Nunca.
Os outros se entreolharam. O Julião foi o primeiro a falar:
Pois eu também não!
Fizeram um pacto. Ninguém sairia mais daquela mesa. Ao diabo com as mulheres, filhos, o Brasil e o resto. Só levantariam da mesa para ir ao banheiro. Passariam o resto da vida tomando chope e batendo papo.
- E em caso de guerra atómica ? -perguntou um previdente.
- Morremos aqui mesmo.
- Combinado.
E estão lá até hoje. No mesmo lugar e na mesma mesa, há meses. As mulheres tentaram carregá-los para casa, sem sucesso. Os filhos foram implorar, parentes e amigos tentam dissuadi-los. Sem sucesso. Dormem ali mesmo, comem ali mesmo, se precisam de alguma coisa - cigarros ou outra camisa - mandam buscar. O dono do bar não sabe o que fazer. Como os cinco abandonaram os empregos, provavelmente não terão dinheiro para pagar a conta. Mas é pouco provável que peçam a conta num futuro próximo. O papo está cada vez mais animado.
Luís Fernando Veríssimo, um dos mais notáveis contadores de estórias da língua portuguesa apresenta este magnífico conto no seu "A Mesa Voadora" editado pela Dom Quixote e que o escritanamesa recomenda vivamente para ler em férias:
A mesa
Eram cinco. Reuniam-se todos os dias depois do trabalho para o chope. Há anos faziam a mesma coisa. E cada vez ficavam mais tempo na mesa do bar. Sempre o mesmo bar e sempre a mesma mesa. No começo eram dois, tres chopes cada um, no máximo um tira-gosto, depois pra casa, jantar. Todos tinham mulher, família, essas coisas. Mas um dia o Gordo anunciou: " Vou jantar aqui mesmo". E pediu filé.
Os outros aos poucos, foram aderindo. Era um sacrifício deixar a roda logo quando o papo estava ficando bom. Passaram a jantar no bar também. Depois mais dois, três chopes cada um e pra casa, dormir. Até que um dia o Gordo - de novo o pioneiro - bateu na mesa e declarou:
- Pois não vou pra casa.
- Como, não vai pra casa ?
- Não vou. Vou passar a noite aqui.
- Mas na hora de fecharem o bar, te botam na rua.
- Quero ver fecharem o bar comigo aqui dentro.
Na verdade, o dono não se animou a botar o Gorda para fora. A turma era antiga. Bons freguese. Fechou o bar, mas deixou o Gordo na mesa. No dia seguinte, quando os outros quatro chegaram, encontraram o Gordo no mesmo lugar. Com uma pilha de bolachas de chope na sua frente.
- Você não saiu daí ?
- Só para ir no banheiro.
Em seguida, o Gordo participou, com alguma solenidade, que não sairia mais do bar.
- Nunca mais ?
- Nunca.
Os outros se entreolharam. O Julião foi o primeiro a falar:
Pois eu também não!
Fizeram um pacto. Ninguém sairia mais daquela mesa. Ao diabo com as mulheres, filhos, o Brasil e o resto. Só levantariam da mesa para ir ao banheiro. Passariam o resto da vida tomando chope e batendo papo.
- E em caso de guerra atómica ? -perguntou um previdente.
- Morremos aqui mesmo.
- Combinado.
E estão lá até hoje. No mesmo lugar e na mesma mesa, há meses. As mulheres tentaram carregá-los para casa, sem sucesso. Os filhos foram implorar, parentes e amigos tentam dissuadi-los. Sem sucesso. Dormem ali mesmo, comem ali mesmo, se precisam de alguma coisa - cigarros ou outra camisa - mandam buscar. O dono do bar não sabe o que fazer. Como os cinco abandonaram os empregos, provavelmente não terão dinheiro para pagar a conta. Mas é pouco provável que peçam a conta num futuro próximo. O papo está cada vez mais animado.
23.6.06
Comunicação de crise I
More than a million Cadbury chocolate bars are being taken off the shelves over fears they may be contaminated with salmonella.
A Cadbury spokesman said: "This is being done purely as a precautionary measure, as some of these products may contain minute traces of salmonella.
"Cadbury has identified the source of the problem and rectified it, and is taking steps to ensure these particular products are no longer available for sale."
It was reported that the company had identified the problem in January.
Eating For Gold
O Tiago Meneses aluno da FCNAUP (5º ano) criou este interessante site sobre nutrição e desporto. A visitar pelos interessados na prática desportiva e não só.
21.6.06
O Brasil Agrícola na Arte Naif - O Campo produzindo Arte
Ivonaldo Veloso de Melo nasceu em Caruaru, Pernambuco, em 1943. Começou sua carreira artística em 1966, depois de um breve período como bancário. Um voraz pesquisador do Homem do Nordeste e dos seus costumes, suas obras dão novos formatos para a vasta floração local e as frutas típicas daquela região.
18.6.06
Álcman
Fotografia de Paulo César (Atenas 2006)
Na história da literatura europeia, o mais antigo exemplo de poesia lírica pertence ao poeta grego Álcman, que viveu há 2700 anos. Poeta com um extraordinário arrojo modernista, foi também um "gourmet". Talvez o primeiro escritanamesa digno de registo na Europa e que agora nos chega às mãos numa bonita edição da Livros Cotovia com tradução e notas de Frederico Lourenço. Com o devido respeito, publicamos um texto do grande Álcman:
Sopa de Ervilhas
E um dia te darei uma trípode,
na qual... poderás reunir.
Ainda não esteve ao lume,mas depressa
estará cheia de sopa de ervilhas, aquelas que Álcman
o comilão, adora comer quente depois do solstício.
Ele não come coisas finas
mas procura comida popular,
como o povo.
Leitura de palavras relacionadas com aromas activa regiões olfactivas do cérebro
LR Montgomery
Li agora e o escritanamesa ficou realmente emocionado. Que extraordinária notícia.
Leitura de palavras relacionadas com aromas activa regiões olfactivas do cérebro
16.06.2006 - 17h28 Ana Gerschenfeld in Público
"Alho, incenso, urina, limão, suor, alfazema… Ao que parece, basta ler palavras deste tipo para que fazer com que partes do córtex cerebral relacionadas com o olfacto – e não apenas com a linguagem – entrem em actividade. Para a equipa de cientistas espanhóis e britânicos que em breve irão publicar estes resultados na revista “Neuroimage”, isto quer dizer que, quando adquirimos um conhecimento ou vivemos uma experiência para os quais existe uma palavra, o nosso cérebro liga os dois tipos de informação – a linguística e a sensorial – para construir a semântica. E confirmam assim, mais uma vez, a ideia que o cérebro humano está organizado de maneira extremamente integrada e não compartimentada."
Li agora e o escritanamesa ficou realmente emocionado. Que extraordinária notícia.
Leitura de palavras relacionadas com aromas activa regiões olfactivas do cérebro
16.06.2006 - 17h28 Ana Gerschenfeld in Público
"Alho, incenso, urina, limão, suor, alfazema… Ao que parece, basta ler palavras deste tipo para que fazer com que partes do córtex cerebral relacionadas com o olfacto – e não apenas com a linguagem – entrem em actividade. Para a equipa de cientistas espanhóis e britânicos que em breve irão publicar estes resultados na revista “Neuroimage”, isto quer dizer que, quando adquirimos um conhecimento ou vivemos uma experiência para os quais existe uma palavra, o nosso cérebro liga os dois tipos de informação – a linguística e a sensorial – para construir a semântica. E confirmam assim, mais uma vez, a ideia que o cérebro humano está organizado de maneira extremamente integrada e não compartimentada."
14.6.06
Show de bola
Só futebol se discutirá nas próximas semanas. Mas o futebol também inspira a escrita e as artes. Neste caso trata-se da arte popular de SUENE DE OLIVEIRA SANTOS
Pintora autodidata paranaense da geração surgida nos anos 80/90, Suene fixa cenas narrativas abundantes de personagens e movimento, que remetem a uma arte de propósitos e resultados lúdicos, com organização espacial aparentemente infantil. È uma pintura inconfundível e explosivamente alegre. Pode encontrar obras desta pintora na galeria Brasiliana, em São Paulo, que recebe a partir de hoje a exposição “Show de Bola – o esporte mais popular do mundo visto pelos craques da arte popular brasileira”. Até 15 de julho, para aproveitar a inspiração dos tempos de Copa, 18 artistas exibem peças com a temática boleira. Nomes como Sergio Vidal, Timbuca, José Sabóia e Agostinho B. Freitas estão representados. A abertura será às 20h. A galeria fica na rua Artur de Azevedo, 520, Pinheiros. Vamos lá ?
13.6.06
Misturando aminoácidos com sardinhas
O peixe a a nossa saúde
O peixe, um dos alimentos mais importantes da nossa cultura gastronómica, é também uma extraordinária lição de qualidade nutricional.
Os Portugueses são grandes consumidores de peixe. O consumo médio anual de peixes, crustáceos e moluscos de cada cidadão português é da ordem dos 60 Kg, contra os 24 Kg na União Europeia (48 Kg em Espanha). O nosso elevado consumo de peixe relaciona-se, provavelmente, com proibições religiosas, com a nossa extensão costeira e com a enorme variedade e qualidade piscícola existente nas nossas águas. A estes factores, acrescenta-se o que nos últimos anos tem vindo a ser dito por Nutricionistas sobre os atributos deste alimento: O seu elevado conteúdo em proteínas, 15-20 %, o facto destas proteínas se encontrarem quase sempre no tecido muscular e a existência de uma pequena quantidade de tecido conjuntivo no peixe, fazem com que um rápido aquecimento, seja suficiente para amaciar estas carnes. Assim o peixe, comparando com os animais terrestres, oferece um produto de mais fácil mastigação e digestão. As proteínas do peixe são de grande qualidade, com um grande equilíbrio dos seus aminoácidos, sendo em qualidade, mesmo superiores à da carne. As proteínas do peixe são deficitárias em metionina e treonina e excedentárias em lisina. Ora o que acontece, é que os produtos vegetais, em especial os cereais, possuem precisamente um défice em lisina. Assim, peixe e arroz, ou peixe e pão, complementam-se muito bem do ponto de vista proteíco, sendo de estimular esta união em prol da nossa boa alimentação. Mas não é isso que faz o nosso tradicional arroz de tomate com peixe frito ou o pão mais a sardinha por cima ?
Ao contrário das proteínas, as gorduras presentes no peixe, variam muito de espécie para espécie, com as épocas do ano, com o tipo de alimentação, com a temperatura das águas e com a idade dos animais. A quantidade de gordura pode variar entre os 0,6 % e os 20 %.
Espécies como o carapau, cação, cherne, dourada, faneca ou peixe espada possuem menores quantidades de gordura do que a cavala ou o congro e menos ainda do que a enguia, salmão ou a sarda. No entanto, a gordura do peixe, devido à sua composição, não deve ser encarada como um elemento agressivo para a nossa saúde. Nos peixes mais gordos, existem quantidades elevadas de ácidos gordos monoinsaturados, como o ácido oleico, presente no azeite, e polinsaturados como os ómega 3, provavelmente co-responsáveis pela nossa boa saúde cardiovascular, para além de um número reduzido de ácidos gordos saturados e colesterol.
Quanto a minerais e vitaminas, o peixe é um mar de surpresas. O ferro existente no peixe é de excelente absorção, apesar de existir em menor quantidade do que nas carnes. As espinhas e restante composição óssea do peixe é uma boa fonte de cálcio e fósforo, e que deve merecer a nossa atenção, pois somos frequentes consumidores de pequenos peixes. O peixe fornece ainda selénio e iodo em quantidades muito superiores à carne. Quanto a vitaminas, são de realçar as quantidades apreciáveis de vit. A e D fornecidas pelos peixes gordos. A enguia, a cavala, a sardinha fresca ou o atum podem mesmo considerar-se as maiores fontes naturais de vit. D, importante na formação de ossos e dentes saudáveis, pelo seu papel estimulante da absorção de cálcio no intestino e manutenção dos seus níveis séricos. Será importante referir que o processo culinário tem um papel determinante na qualidade do peixe. Ao cozer, a qualidade da proteína mantêm-se intacta, mas quase metade dos minerais presentes no peixe dissolvem-se na água da cozedura. Se esta água for desperdiçada, perde-se uma importante mais valia do peixe. Felizmente, a nossa gastronomia é pródiga em sopas de peixe, caldeiradas e ensopados onde a riqueza vitamínica e mineral é aproveitada ao máximo como que os homens da ciência e da cozinha há muito se tivessem aliado para zelar pela nossa saúde.
12.6.06
Estamos na América. Quando pedir, fale em Inglês”.
1.6.06
Dia da Faculdade
31 de Maio fizémos 30 anos. Como uma escola depende essencialmente dos seus alunos gostaria de deixar uma homenagem à enorme qualidade humana e intelectual da maioria dos meus alunos do 4º Ano. Aqui fica na forma de poema.
Aos meus alunos da FCNAUP nos seus 30 anos
Não, as nossas águas não são impolutas
mas mesmo no meio da espuma
vislumbro um porto
que há-de chegar
algures no meio do mediterrâneo solar
daqueles que Sophia descrevia
e Emílio sonhava
feito de paredes brancas
caiadas
cobertas de azul cobalto
como só no Egeu
um lugar onde homens de várias religiões
teriam o seu pomar
e ali produziriam
o seu pão e vinho
e nos céus seriam capazes de descodificar o seu destino
serenos
felizes por terem aprendido a trilhar o seu caminho
29.5.06
31 de Maio
É o último dia para colocação de posts(para a avaliação). Espero que se tenham divertido. Tenho a certeza que para alguns se juntou o útil da aprendizagem ao agradável da escrita.Confesso que fiquei surpreendido com a qualidade de alguma escrita. Seguindo algumas sugestões, desafio a manterem os blogs durante o período de estágio. Seria uma forma interessante de se manterem abertos os canais de comunicação, numa altura da vida em que as pessoas se afastam fisicamente. O que acham? Demasiado trabalho e pouco benefício. Talvez não... a pensar.
26.5.06
Juramento
JURAMENTO DO NUTRICIONISTA
Prometo que, ao exercer a profissão de nutricionista, o farei com dignidade e competência, valendo-me da ciência da nutrição, em benefício da saúde do homem, sem discriminação de qualquer natureza. Prometo, ainda, que serei fiel aos princípios da moral e da ética. Se eu cumprir este juramento com fidelidade possa merecer os louros que proporcionam a profissão.
Prometo que, ao exercer a profissão de nutricionista, o farei com dignidade e competência, valendo-me da ciência da nutrição, em benefício da saúde do homem, sem discriminação de qualquer natureza. Prometo, ainda, que serei fiel aos princípios da moral e da ética. Se eu cumprir este juramento com fidelidade possa merecer os louros que proporcionam a profissão.
16.5.06
Five a Day
"Five a day" é uma campanha para promover frutos e hortícolas que começou na Califórnia, mas rápidamente alastrou para outros locais. A industria alimentar aceitou e utilizou este facto para promover os seus próprios produtos. O que acha ?
Position of ADA: Food and Nutrition Misinformation
Recentemente (Abril, 2006) a ADA lançou uma das suas "tomadas de posição" sobre a má qualidade da informação em nutrição. Trata-se de um excelente alerta para quem trabalha na área. Vale a pena ver as definições de Food fads, Health fraud e Misdirect claims para além das estratégias propostas para comunicar informação de qualidade na área da nutrição.
Ver em ADA reports no site da ADA ou no Journal of the American Dietetic Association, vol 106, nº 4 (Abril 2006).
Ver em ADA reports no site da ADA ou no Journal of the American Dietetic Association, vol 106, nº 4 (Abril 2006).
19.4.06
Plat du Jour
Para questionar a indústria alimentar, o produtor londrino Matthew Herbert cozinhou um disco usando comida como ingrediente. Vale a pena ouvir e ler a entrevista na excelente revista Trip.
16.3.06
Efeitos da gripe das aves
Retirado de um documento recente do Governo Norte-americano:
If a pandemic were to occur in the U.S., the following could result.
Up to 40% of the workforce could become ill.
An estimated 92 million people will become ill.
An estimated 2% of the workforce could die.
Isolation could span weeks into months not days.
Total economic impact could exceed $600 billion.
It is estimated that only about 17% of U.S.businesses have contingency plans for a bird flu pandemic.Most organizations believe they can operate with about 12% of the workforce being out at any one time.The question is how can they operate with up to 30% of the workforce being absent? U.S.officials are urging business leaders to create contingency plans to minimize the financial impact and disruption to basic services and infrastructure.Many people recognizes it is just a matter of time before the bird flu impacts the global economy.
If a pandemic were to occur in the U.S., the following could result.
Up to 40% of the workforce could become ill.
An estimated 92 million people will become ill.
An estimated 2% of the workforce could die.
Isolation could span weeks into months not days.
Total economic impact could exceed $600 billion.
It is estimated that only about 17% of U.S.businesses have contingency plans for a bird flu pandemic.Most organizations believe they can operate with about 12% of the workforce being out at any one time.The question is how can they operate with up to 30% of the workforce being absent? U.S.officials are urging business leaders to create contingency plans to minimize the financial impact and disruption to basic services and infrastructure.Many people recognizes it is just a matter of time before the bird flu impacts the global economy.
Frango e saúde
A carne de aves pelo seu perfil lipídico, fácil digestibilidade, preço e acessibilidade é uma das principais fontes de proteína na sociedade portuguesa. Será muito interessante perceber-se como se irá alterar o consumo deste alimento nos próximos tempos e verificar que alimento está a substituí-lo. Outro assunto interessante, seria a APN tomar uma posição pública sobre o assunto, em Conferência de Imprensa. Ganharia notoriedade, explicaria o que se deve fazer, ganhava credibilidade no futuro. O que acham ?
22.2.06
De novo a ambiguidade
Mais uma notícia sobre a gripe das aves que não deixa os consumidores sossegados.
Carne de frango segura em Portugal
A Direcção-Geral de Veterinária (DGV) reafirma não existir qualquer problema em consumir carne de frango em Portugal. O director-geral de Saúde explicou como é que o vírus mais perigoso da gripe das aves pode vir a tornar-se contagioso entre humanos, o que ainda não acontece.
TSF 19:50 / 22 de Fevereiro 06
A carne de frango é segura em Portugal. A garantia foi avançada no Parlamento pelo director-geral de Veterinária, Agrela Pinheiro, que fez esta quarta-feira uma sessão de esclarecimento aos deputados.
«As carcaças que consumimos passam por um matadouro. A inspecção sanitária é do Estado e todos os animais que passam na linha de abate são sujeitos a uma inspecção, um a um»,garantiu.
O responsável salienta, assim, que os consumidores portugueses podem confiar na segurança alimentar dos produtos nacionais, mas realça que o cenário pode tornar-se mais problemático.
«A possibilidade de acorrer a todas as situações num cenário mais complexo depende da capacidade de detecção precoce da doença. É evidente que atacar vinte focos é mais difícil do que apenas um», afirmou.
De qualquer forma, Agrela Pinheiro adiantou que estão a ser tomadas todas as medidas possíveis para prevenir o pior e já estão operacionais 47 equipas, de veterinários e técnicos auxiliares, para proceder ao abate de aves caso se venha a justificar.
Para além deste profissionais, o director-geral de Veterinária explicou que, em caso da situação se complicar, será preciso contar com a colaboração de uma «rede de médicos veterinários municipais para fazerem o exame das diferentes explorações».
Pergunta simples na cabeça do cidadão que não acredita na omnipresença dos inpectores veterinários nem nos sistemas de controlo: A carne que consumimos em casa se estiver contaminada pode transmitir a doença aos seres humanos ?
Carne de frango segura em Portugal
A Direcção-Geral de Veterinária (DGV) reafirma não existir qualquer problema em consumir carne de frango em Portugal. O director-geral de Saúde explicou como é que o vírus mais perigoso da gripe das aves pode vir a tornar-se contagioso entre humanos, o que ainda não acontece.
TSF 19:50 / 22 de Fevereiro 06
A carne de frango é segura em Portugal. A garantia foi avançada no Parlamento pelo director-geral de Veterinária, Agrela Pinheiro, que fez esta quarta-feira uma sessão de esclarecimento aos deputados.
«As carcaças que consumimos passam por um matadouro. A inspecção sanitária é do Estado e todos os animais que passam na linha de abate são sujeitos a uma inspecção, um a um»,garantiu.
O responsável salienta, assim, que os consumidores portugueses podem confiar na segurança alimentar dos produtos nacionais, mas realça que o cenário pode tornar-se mais problemático.
«A possibilidade de acorrer a todas as situações num cenário mais complexo depende da capacidade de detecção precoce da doença. É evidente que atacar vinte focos é mais difícil do que apenas um», afirmou.
De qualquer forma, Agrela Pinheiro adiantou que estão a ser tomadas todas as medidas possíveis para prevenir o pior e já estão operacionais 47 equipas, de veterinários e técnicos auxiliares, para proceder ao abate de aves caso se venha a justificar.
Para além deste profissionais, o director-geral de Veterinária explicou que, em caso da situação se complicar, será preciso contar com a colaboração de uma «rede de médicos veterinários municipais para fazerem o exame das diferentes explorações».
Pergunta simples na cabeça do cidadão que não acredita na omnipresença dos inpectores veterinários nem nos sistemas de controlo: A carne que consumimos em casa se estiver contaminada pode transmitir a doença aos seres humanos ?
21.2.06
Pânicos e ambiguidades próprias das coisas novas
A ambiguidade própria da ciência é por vezes a maior amiga do pânico ou então os jornalistas são pouco sensatos ao escreverem o que escrevem. Lendo a frase abaixo indicada, qual destas afirmações subscreveria ?
In Público - Dossier Gripe das Aves
"A Agência Europeia de Segurança Alimentar (AESA) anunciou hoje que "não há provas que sugiram, até à data, que a gripe das aves possa ser transmitida aos humanos através do consumo de alimentos" derivados das aves. Ainda assim, a agência europeia sublinha a necessidade de se cozinhar bem os alimentos.
De acordo com a agência da União Europeia dedicada à segurança alimentar, não há dados que corroborem que haja perigo para a saúde pública no consumo de carne de aves ou ovos. Assim, a AESA, sedeada em Parma (Itália), indica que não haverá alterações aos conselhos vigentes relativamente ao consumo de produtos aviários, embora avise que a possibilidade de tal acontecer não poder ser excluída.
A agência europeia volta a frisar, em comunicado, a importância de se cozinhar bem a carne e os ovos, para proteger os consumidores de quaisquer intoxicações alimentares, conselho que já se aplicava antes da crise sanitária da gripe aviária e que agora é reforçado. A exposição destes alimentos a elevadas temperaturas, de qualquer forma, "neutralizaria o vírus [da gripe das aves] e eliminaria este risco potencial".
In Público - Dossier Gripe das Aves
"A Agência Europeia de Segurança Alimentar (AESA) anunciou hoje que "não há provas que sugiram, até à data, que a gripe das aves possa ser transmitida aos humanos através do consumo de alimentos" derivados das aves. Ainda assim, a agência europeia sublinha a necessidade de se cozinhar bem os alimentos.
De acordo com a agência da União Europeia dedicada à segurança alimentar, não há dados que corroborem que haja perigo para a saúde pública no consumo de carne de aves ou ovos. Assim, a AESA, sedeada em Parma (Itália), indica que não haverá alterações aos conselhos vigentes relativamente ao consumo de produtos aviários, embora avise que a possibilidade de tal acontecer não poder ser excluída.
A agência europeia volta a frisar, em comunicado, a importância de se cozinhar bem a carne e os ovos, para proteger os consumidores de quaisquer intoxicações alimentares, conselho que já se aplicava antes da crise sanitária da gripe aviária e que agora é reforçado. A exposição destes alimentos a elevadas temperaturas, de qualquer forma, "neutralizaria o vírus [da gripe das aves] e eliminaria este risco potencial".
Governo discute a Gripe das Aves
A gripe das aves tem vindo a fazer as primeiras páginas por esta Europa fora. Desde a Ásia até à Turquia, Roménia, Grécia, Alemanha, Espanha o perigo parece aproximar-se dolorosa e irreversivelmente. Os consumidores desinformados e preocupados começaram entretanto a baixar o consumo. As quebras no consumo estão na casa dos 10 %. Portugal e outros Estados Membros pretendem que o a UE intervenha no mercado com ajudas se a quebra ultrapassar os 30 %. Assim se discute este assunto nos jornais económicos. Mas a questão permanece. Existe ou não risco para os humanos através do consumo de aves infectadas ? Alguém encontra um texto com qualidade nos media portugueses sobre esta questão ? O que têm dito os nossos responsáveis políticos ? O que tem dito a comunidade científica ? O que se tem escrito nos principais jornais ?
Muita economia e pouco espiríto prático ou estas questões de indefinição científica são mesmo assim ? E sendo assim não contribuem para que se venda mais ?
Muita economia e pouco espiríto prático ou estas questões de indefinição científica são mesmo assim ? E sendo assim não contribuem para que se venda mais ?
6.2.06
Gostei tanto que reproduzo na íntegra
O riso ou o esquecimento
A caricatura publicada ontem pelo Le Monde apresenta de forma nítida o que está em causa na polémica dos cartoons. Plantu figurou uma mão que escreve repetidas vezes «je ne dois pas dessiner Mahomet», mas que, através das frases, acaba precisamente por desenhar o interdito. No topo do lápis utilizado, institui‑se a atenta vigilância muçulmana. Não se pode dizer que este diário seja conhecido por algum tipo de deriva populista, nem a argumentação de que é francês serve para encostá‑lo a qualquer espécie de jacobinismo primário. A questão é outra, para lá da eventual má opção editorial do jornal Jyllands‑Posten ou do modo desastrado como o governo dinamarquês lidou com as primeiras reacções de protesto à publicação das doze caricaturas, a questão que Plantu tão bem coloca é a da subtil difusão da autocensura, dissimulada na lógica do bom senso e do respeito pelas diferenças entre povos. Um princípio inalienável do que, com maior ou menor propriedade, nos habituámos a designar por civilização europeia é o humor. Foi também porque ousaram activar o riso que alguns dos seus mais nobres representantes foram perseguidos, tendo encontrado mesmo nos compatriotas os piores algozes. Bastaria citar o caso de Rabelais, um dos fundadores do romance moderno, para se compreender do que estou a falar. As situações recentes de artistas perseguidos por blasfémia são deveras conhecidas. Ora, o que distingue a situação presente da vivida por Rushdie após a publicação de The Satanic Verses, por exemplo? É preciso lembrar que aqui não pode estar em causa um critério de avaliação estética da obra, mas apenas o direito vincadamente europeu a tudo questionar. Nesse caso, a resposta só pode ser que nada distingue uma situação da outra, tal como as duas se podem equiparar ao assassinato, em 2004, do realizador holandês Theo van Gogh, autor do filme Submission, que aborda a violência exercida sobre as mulheres em sociedades islâmicas. Entre nós, pode recordar‑se o grotesco episódio protagonizado pelo presidente de uma câmara municipal, que tentou impedir a exibição de Je Vous Salue Marie, de Godard. Podem os europeus assistir sentados às tentativas de condicionar a liberdade de pensamento e de reflexão crítica sobre todos os temas, permitindo, assim, que seja questionado um pilar essencial da concepção de mundo que nos demorou séculos a construir e que teve muitas fogueiras de permeio? Pedir desculpa pelas caricaturas é, em qualquer circunstância, esquecer ou renegar a ideia de sociedade aberta que fomos fundando ao longo de tanto tempo. Como poderíamos, depois, voltar a ler Giordano Bruno ou Cervantes sem um terrível peso na consciência?
posted by João Paulo Sousa at 11:04 AM
12.1.06
Relatório de actividades 2005
Relatório de actividades 2005 no sitio da Agência Alimentar:
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Informação no sitio da Agência Alimentar
Informação no sitio da Agência Alimentar
http://www.agenciaalimentar.min-agricultura.pt/index.php?module=ContentExpress&func=display&btitle=CE&mid=&ceid=405
"A Agência Portuguesa de Segurança Alimentar foi extinta, sendo as suas atribuições integradas na Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
12/01/06"
http://www.agenciaalimentar.min-agricultura.pt/index.php?module=ContentExpress&func=display&btitle=CE&mid=&ceid=405
"A Agência Portuguesa de Segurança Alimentar foi extinta, sendo as suas atribuições integradas na Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
12/01/06"
De novo com os dias maiores
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